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✈️ Tragédia do voo 2216 da Jeju Air: não podemos usar o piloto como bode expiatório


Desastre do voo Jeju Air 2216 — erro de piloto apontado como causa principal

Contexto e vítimas

No dia 29 de dezembro de 2024, o Boeing 737‑800 operado pela Jeju Air no voo 7C2216, vindo de Bangkok (Tailândia), sofreu um bird strike — colisão com aves — enquanto se aproximava do Aeroporto Internacional de Muan, na Coreia do Sul (Wikipedia). Em seguida, foi solicitado um arremetida (“go-around”) por um alerta de “mayday”.

Na segunda tentativa de pouso, o avião acabou tocando o solo sem o trem de pouso baixado, deslizou além da pista e se chocou contra um talude de concreto, entrando em chamas. Dos 181 ocupantes, 179 morreram — 175 passageiros e quatro tripulantes — e apenas dois membros da tripulação, posicionados na parte traseira da aeronave, sobreviveram (Wikipedia).

Trata-se da maior tragédia aérea envolvendo uma companhia da Coreia do Sul em solo nacional.

Descoberta do erro: desligamento do motor errado

De acordo com o relatório preliminar da ARAIB (Aviation and Railway Accident Investigation Board), evidências do gravador de voz da cabine, dados do motor e análise da chave de corte indicam que os pilotos desligaram o motor esquerdo, que estava menos danificado, enquanto o direito — o mais afetado pelo bird strike — continuava em operação (Wikipedia, Reuters).

Essa falha reduziu significativamente a propulsão, comprometeu sistemas elétricos (inclusive daqueles que acionam o trem de pouso e o gravador de voo) e contribuiu para o pouso de barriga e a saída da pista (Wikipédia).

Possivelmente desorientados pela falha inicial nos instrumentos, os pilotos inverteram os procedimentos de emergência — seguindo protocolos científicos, a decisão errada custou a capacidade de controle total da aeronave.

Controvérsias e críticas

Familiares das vítimas e o sindicato dos pilotos expressaram preocupação com a conclusão prematura sobre erro humano. Alegam que fatores como:

  • Proximidade de uma barragem de concreto no final da pista (em vez de um sistema de contenção mais seguro) (Gulf News);
  • Suspeita de falha hidráulica ou elétrica que teria impedido a extensão do trem de pouso e flaps (The Guardian);
  • Pista encurtada por obras antes da tragédia (Wikipédia);

não foram investigados com profundidade suficiente.

O sindicato também reclamou que documentos relacionados ao primeiro relatório foram alterados sem consulta prévia aos pilotos, classificando tal procedimento como “precipitado” (People.com).

Próximos passos da investigação

O relatório final da ARAIB deve sair até dezembro de 2025, mas a sequência de episódios já levou a:

  • Inspeções emergenciais em outras aeronaves Boeing 737‑800 da Jeju Air e de outras companhias (Reuters, People.com);
  • Anúncio da remoção da barragem de concreto e sua substituição por uma estrutura menos rígida conforme padrões internacionais (es.wikipedia.org, fr.wikipedia.org);
  • Debates sobre prevenção de “bird strikes”, adoção de áreas de escape maiores e instalação de CCTV na cabine para melhor investigação de futuros incidentes (The Sun).

Impacto na Jeju Air

Após o acidente, a empresa sofreu cancelamento de voos em massa, queda drástica nas reservas (mais de 60.000 cancelamentos num único dia) e expressões de tristeza por parte do CEO Kim E‑bae (The Times).

Como resposta, prometeu assumir responsabilidades, reforçar suporte às famílias das vítimas, reduzir em 10–15% sua malha de voos até março e aumentar a manutenção preventiva (businessinsider.com).


Conclusão

Mesmo com a tragédia desencadeada por um erro humano grave — o desligamento do motor adequado — não se pode ignorar o contexto técnico e estrutural que exacerbou o desastre. A conclusão oficial deve esperar o relatório final, mas até lá fica para a aviação o lembrete sombrio de que, além de sistemas robustos, o fator humano e o ambiente ao redor das pistas são igualmente cruciais para a segurança.


A verdade é que culpar o piloto virou a saída fácil.
E o nome Jeju corre o risco de ser manchado não apenas por um erro humano, mas por uma cadeia de negligências mais profundas.

💥 Quando o erro humano é consequência

Sim, os pilotos desligaram o motor errado. Mas por trás desse ato, estavam:

  • Equipamentos falhando após colisão com aves;
  • Uma pista encurtada por obras;
  • Uma barreira de concreto no fim da pista, sem sistema de escape moderno;
  • Trem de pouso que não desceu;
  • Sistemas elétricos colapsando.

Mesmo com falha humana, o desastre do Jeju 2216 poderia ter sido evitado se as demais camadas de segurança tivessem funcionado.

⚖️ A culpa não pode ser enterrada com os mortos

Usar o piloto como bode expiatório serve apenas para livrar a companhia aérea, os órgãos reguladores e os responsáveis pela estrutura do aeroporto.
É injusto com a tripulação e cruel com as famílias.

A Jeju Air precisa ir além do discurso de luto. Precisa rever seus procedimentos, seus equipamentos e, principalmente, seu compromisso com a vida.

🕯️ Que a tragédia do Jeju 2216 não caia no esquecimento

Não é só sobre um avião que caiu. É sobre um sistema que falhou.
E que, se não mudar, pode falhar de novo.

businessinsider.com

Reuters

People.com

news.com.au


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Sou muito esforçada, mas me permito desfrutar de prazeres simples e sociáveis. A idade trouxe mudanças, e me vi enfrentando novos desafios. E esse blog está sendo muito prazeroso por estar em constante contato com o que acontece no meu país e no mundo.

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