Na quarta-feira, 9 de abril de 2025, o presidente dos Estados Unidos, Donald Trump, anunciou mudanças significativas na política tarifária do país, impactando diretamente a relação comercial com a China e influenciando os mercados financeiros globais.
Pausa Geral nas Tarifas
Trump declarou uma pausa de 90 dias nas tarifas recíprocas aplicadas a diversos países. Durante esse período, a tarifa básica foi reduzida para 10%, com efeito imediato, visando facilitar negociações comerciais com nações dispostas a dialogar.
Aumento das Tarifas sobre a China
Simultaneamente, o presidente anunciou um aumento imediato das tarifas sobre produtos chineses para 125%, em resposta ao que considerou uma “falta de respeito” da China em relação aos mercados globais.
Reações do Mercado
Essas medidas provocaram reações imediatas nos mercados financeiros:
- Mercados Internacionais: As bolsas europeias e asiáticas registraram perdas, com o Ibex 35 espanhol caindo 2,3% e o DAX alemão recuando 3%.
- Mercados Americanos: Wall Street reagiu positivamente à pausa tarifária, com o Dow Jones subindo 6,33%, o S&P 500 avançando 7% e o Nasdaq registrando um aumento de 9%.
- Mercado Cambial: O dólar norte-americano sofreu uma queda superior a 2%, refletindo a volatilidade gerada pelas novas políticas tarifárias. No momento 17h11 a cotação é de R$ 5,84
Respostas Internacionais
A China, afetada pelo aumento das tarifas, implementou tarifas retaliatórias de 84% sobre produtos norte-americanos, intensificando as tensões comerciais que culminram no revide de Trump subindo ainda mais para o país asiático: 125%. Além disso, a União Europeia aplicou tarifas de 25% sobre determinados produtos dos EUA, totalizando €21 bilhões, embora itens politicamente sensíveis, como o bourbon, tenham sido excluídos.
Implicações Econômicas
Especialistas alertam que essas políticas podem acarretar riscos elevados de recessão e perturbar a estabilidade do comércio global. A escalada das tarifas pode afetar negativamente economias tanto dos países diretamente envolvidos quanto de terceiros, devido às complexas cadeias de suprimento globais.
Este cenário ressalta a complexidade das relações comerciais internacionais e a necessidade de estratégias diplomáticas cuidadosas para mitigar os efeitos adversos sobre a economia global.